A invisibilidade do trabalho de cuidado por mulheres no Brasil é uma realidade muitas vezes negligenciada, mas profundamente enraizada na sociedade. O filme “Que Horas Ela Volta?” destaca de maneira impactante essa dinâmica, evidenciando as relações complexas entre patroas e empregadas domésticas. A trama lança luz sobre as desigualdades estruturais, onde as mulheres, principalmente as trabalhadoras do lar, realizam um trabalho vital que, frequentemente, não é devidamente reconhecido.
A narrativa do filme ressalta a invisibilidade dessas mulheres, cujo labor é essencial para o funcionamento dos lares e da sociedade como um todo. A relação entre a protagonista e sua patroa revela discrepâncias em oportunidades, remuneração e tratamento digno. O trabalho de cuidado, muitas vezes desvalorizado, reflete as complexidades das questões de classe e gênero no contexto brasileiro.
O filme proporciona uma reflexão profunda sobre como a invisibilidade do trabalho de cuidado perpetua desigualdades sociais e ressalta a importância de reconhecer e valorizar as contribuições significativas das mulheres que desempenham essas funções.